Hoje acordei com vontade de escrever sobre tudo isso que está no título. Fui uma criança que nasceu e cresceu no interior e as roupas mais legais que tive foram feitas por minha mãe ou minha avó ou foram doações da minha tia Rosa Maria que por ser um ano mais velha que eu tive uma relação mais fraternal. Na adolescência fui uma grunge/gótica que não se importava em usar a mesma roupa a semana inteira, só usava preto e zero maquiagem pois digamos que a cidade não tinha um clima muito aprazível.

  O tempo foi passando e vim morar na cidade grande, percebi que eu era uma das poucas garotas da minha idade que não estava nem aí, não fazia sobrancelha – até hoje é um sacrifício fazer pois acho desnecessário – ia para as festinhas sem maquiagem, de tênis e a primeira roupa limpa que encontrasse no armário.

 Beirando os 29 anos, hoje vejo a moda como parte da nossa identidade, há quem discorde de mim mas o modo como você se veste diz muito sobre quem você é, como você se trata e quer ser vista.

 Esses dias me deparei com um episódio curioso a qual para variar esqueci meu casaco favorito ( faz menos de um mês que comprei rs) no banco de um taxi. Sofri por 20 segundos e depois me toquei que talvez em três meses eu estivesse o vendendo no meu brechó e não estaria com um pingo de remorso, então lidei rapidamente com a perda e fui aproveitar o rolé.

 Vivo do consumo consciente e me sinto bem por sobreviver tendo apenas cinco pares de calçados e um armário praticamente em um eterno rodízio.


Criança / 21 anos  / Aos 27 anos 

A moda está aí e está aqui, o que fazemos dela e por ela é que nos torna livres ou escravos.